quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ameaça de superbactérias é problema sério de saúde pública

As superbactérias representam uma ameaça para a saúde pública
Há cerca de duas semanas, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a incidência de infecções por superbactérias resistentes a drogas atingiu níveis sem precedentes em todo o planeta. O sério problema já ameaça criar um cenário de proliferação de infecções incuráveis, e no Brasil as consequências desta realidade já começam a ser sentidas.
Segundo o chefe da área de infectologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor Francisco Hideo Aoki, a mobilidade de pessoas por todo o mundo hoje põe em risco os países, e uma vigilância preventiva seria necessária – além das medidas de bloqueio, ações simples como lavar as mãos podem ajudar muito no combate ao avanço desses organismos.
“Possibilidade há (de epidemias globais), com o fenômeno da globalização e com as pessoas cruzando o mundo em 24 horas no máximo”, diz Aoki. “Por enquanto, não há antibióticos para tratamento destas infecções. E como por enquanto estes processos infecciosos estão restritos, é preciso ter uma vigilância muito grande de ordem epidemiológica para contenção do espalhamento destas bactérias pelo planeta. E pode, sim, ser um problema sério de saúde pública”, afirma.
Em 2010, a superbactéria Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC) causou medo no Brasil após infecções em hospitais espalhados pelo país. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou o controle sobre receitas médicas de antibióticos, na tentativa de conter o avanço da KPC.
Segundo Aoki, essa superbactéria parece estar atualmente sob controle. “A situação está aparentemente melhor, com as vigilâncias das Comissões de Controle de Infecção Hospitalar locais”, diz o médico.
Porém casos de infecções por superbactérias continuam nos noticiários. Na última semana, o Ministério Público (MP) de Alagoas instaurou inquérito civil para apurar mortes no Hospital Universitário (HU) supostamente ligadas a infecções provocadas pela superbactériaAcinetobacter baumannii.
Outra superbactéria que causa de preocupação mundial é a NDM-1. Ela chegou ao Reino Unido vinda de Nova Délhi (Índia) em 2010.
“A NDM-1, cujo nome é Nova Délhi Metalo-lactamase-1, é um grupo de bactérias que desenvolveram resistência a antibióticos avançados, que tem na sua conformação molecular o anel betalactâmico, e esta enzima a NDM-1 age contra este anel, resumidamente produzindo resistência a este antimicrobiano”, falou Aoki.
O professor afirma que infecções causadas por esta bactéria podem atingir qualquer parte do corpo do ser humano e são de difícil tratamento com os antimicrobianos existentes. “Dada a intensa resistência que têm aos antibióticos, as possibilidades de tratamento ficam muito reduzidas se não forem controladas ou se não se houver uma combinação de antimicrobianos”, explica.
Segundo a OMS, a cada ano mais de 25 mil pessoas morrem na União Europeia em decorrência de infecções de bactérias que driblam até mesmo antibióticos recém-lançados. Para a organização, a situação chegou a um ponto crítico em que é necessário um esforço conjunto urgente para produzir novos medicamentos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Sarcoma de Ewing

Adolescente que planejou o próprio funeral morre de câncer no Reino Unido

O sarcoma de Ewing é uma forma de neoplasia óssea maligna que acomete especialmente crianças e adolescentes. É uma forma rara de câncer, mais frequente em indivíduos brancos que encontram-se na faixa etária entre 10 a 20 anos, sendo mais raro em indivíduos do sexo feminino, bem como em negros, asiáticos e adultos.

Este tipo de tumor apresenta um grande risco de metástase, sendo que quando o diagnóstico é feito, aproximadamente 25% dos pacientes já apresentam uma disseminação metastática (40% nos pulmões, 30% nos ossos, notadamente na coluna vertebral, e 10% na medula óssea). Geralmente, os ossos mais acometidos são os longos (o fêmur, a tíbia e o úmero) e a pelve.
O sarcome de Ewing apresenta como causa, uma translocação entre os cromossomos 11 e 22, que fusionam o gene EWS localizado no cromossomo 22, com o gene FLI1, localizado no cromossomo 11.
As manifestações clínicas dessa neoplasia são dor ou edema no sítio primário do tumor. Aproximadamente 25% dos pacientes apresentam sintomas sistêmicos como febre e perda de peso.
Por meio de radiografias simples, podem ser observadas lesões líticas ou mistas (líticas e escleróticas), com aspectos característicos de “casca de cebola”. Outros exames de imagem, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e cintilografia óssea, podem ser realizados.
Este tumor apresenta células pequenas, arredondadas e de coloração azul. Deve ser feita a diferenciação com outras neoplasias que apresentam as mesmas características morfológicas, como por exemplo, neuroblastoma, rabdomiossarcoma e linfoma. Para isso, são necessários estudos de imunohistoquímica, citogenética e biologia molecular.
O tratamento, em todos os casos, consiste em quimioterapia, normalmente incluindo drogas como ifosfamida e a doxorrubicina, objetivando evitar o risco de metástase. Quando é possível localizar o tumor, pode ser realizada uma cirurgia. No caso de não haver necrose total das células, geralmente pode ser feita também a radioterapia.
A chance de sobrevivência nos casos desse tipo de neoplasia, sem reincidência, varia entre 65 a 70%. Todavia, para os pacientes que apresentam metástase, o grau de sobrevivência cai para 25 a 30%.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Cientistas criam rim humano a partir de células-tronco

Cientistas criam rim humano a partir de células-tronco


Cientistas da Universidade de Edimburgo, na Escócia, anunciaram a criação de rins humanos a partir de células-tronco. Segundo o site do jornal britâncio Daily Mail, a descoberta pode resultar no transplante de órgãos desenvolvidos pelo próprio paciente, evitando os riscos de rejeição.
Os órgãos foram criados em laboratório utilizando o líquido amniótico humano e animal. Os cientistas afirmaram que os rins apresentam meio centímetro de comprimento, o mesmo tamanho do órgão encontrado em um feto.
O fisiologista Jamie Davies, professor de anatomia experimental na Universidade de Edimburgo, disse que a ideia é começar com células estaminais humanas até produzir um órgão em funcionamento. “Parece um pouco de ficção, mas é ciência”, disse.
A esperança do especialista é que, com nova técnica, os médicos possam recolher o líquido amniótico, que envolve o embrião no útero, quando o bebê nasce. O líquido deve, então, ser armazenado para que possa ser utilizado para criar um órgão compatível caso a pessoa desenvolva uma doença renal na vida adulta. “O custo do congelamento das células é bem menor do que manter a pessoa em diálise”, disse o professor.
Segundo os estudiosos, a criação de um órgão com células-tronco do próprio paciente resolve o problema de ter que usar drogas poderosas para tentar evitar que o organismo rejeite o rim de outra pessoa. Para o professor Davies, a nova tecnologia pode estar pronta para uso nos seres humanos em torno de 10 anos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CIENTISTAS DESCOBREM UMA CÉLULA DO CORPO QUE "AJUDA" O CÂNCER

CIENTISTAS DESCOBREM UMA CÉLULA DO CORPO QUE "AJUDA" O CÂNCER
 
 Um novo estudo descobriu que algumas células “traem” o corpo, protegendo os tumores cancerígenos do sistema imunológico. A descoberta alerta que se fosse possível bloquear essas células, os tratamentos para parar o crescimento de tumores seriam mais eficazes. Os pesquisadores sabiam que o microambiente do tumor era imunossupressor, mas não sabiam como. Para descobrir isso, a equipe investigou as células vizinhas ao tumor. Os tumores cancerígenos são sempre rodeados por uma mistura de células do sistema imunológico que, por alguma razão desconhecida, parecem permitir que o tumor cresça sem interferir. Os pesquisadores então decidiram destacar um tipo de célula que está presente em torno dos tumores, bem como em áreas de inflamação crônica, como as articulações de pessoas com artrite reumatóide. Pouco se sabe sobre essa célula, que os pesquisadores chamam de FAP, por causa da proteína de ativação de fibroblastos encontrada em sua superfície. Embora a célula tenha sido descoberta escondida em torno de tumores há 20 anos, poucas pesquisas foram feitas sobre sua função. Ela tem sido utilizada apenas como indicadora de tumores. Inclusive, os pesquisadores estão tentando descobrir se ela já foi estudada antes sob um nome diferente. Para estudar a função destas células, a equipe injetou tumor de pulmão ou de pâncreas em ratos, e matou seletivamente as células FAP. Quando as células FAP morreram, todos os tumores pararam de crescer. Segundo os pesquisadores, nos ratos os tumores normalmente dobram de tamanho em dois dias. Mas quando eles dissecaram os tumores dois dias após matarem as células FAP, os tumores estavam do mesmo tamanho ou ligeiramente menores do que quando foram injetados. Além disso, cerca de metade das células do tumor morreram por inanição de oxigênio, o que sugere que seu suprimento de sangue foi cortado. Os pesquisadores imaginam que as células FAP trabalham bloqueando a ação de duas proteínas que normalmente matam os tumores. Quando eles bloquearam a atividade dessas duas proteínas, em uma outra experiência, foram capazes de impedir a necrose tumoral. Ainda assim, especialistas alertam que o modelo de câncer dos ratos não se parece com a natureza dos carcinomas humanos que se pode observar na prática clínica. Antes que a equipe de pesquisadores possa desenvolver uma terapia aplicável aos seres humanos, eles precisam descobrir em quais outros lugares do corpo essas células podem residir, e o que elas estão fazendo.

ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO

macarrão instantâneo faz mal a saude

Show das Bactérias

MICOSES SUPERFICIAIS

MICOSES SUPERFICIAIS


Pitiríase versicolor
A pitiríase versicolor é uma infecção superficial leve e crônica do externo córneo, causada por Malassezia globosa, M. restricta e outros membros do complexo M. furfur. Tanto a invasão da pele do extrato córneo quanto às respostas do hospedeiro são mínimas. Ocorrem máculas isoladas, serpiginosas, hiper ou hipopigmentadas na pele, geralmente no tórax, nas costas, nos braços ou no abdome. As lesões são crônicas e aparecem na forma de placas maculares de pele pigmentada que podem aumentar e coalescer, embora a descamação, a inflamação e a irritação sejam mínimas. Com efeito, essa condição comum representa, em grande parte, um problema estético. As espécies de M. furfur são leveduras lipofílicas, e a maior parte exige a presença de lipídios no meio para seu crescimento. O diagnóstico pode ser confirmado pelo exame microscópico direto de raspados de pele infectada, tratados com KOH a 10 a 20% ou corados com calcofluorado branco. Observa-se a presença de hifas curtas não-ramificadas e células esféricas. As lesões também fluorescem sob a lâmpada de Wood. A pitiríase versicolor é tratada com aplicações diárias de sulfeto de selênio. Os azóis tópicos ou orais também são eficazes.



(A,B,C) São estruturas da M. furfur.


Tinha negra ou Tinea nigra


A tinha negra é uma infecção superficial crônica e assintomática do extrato córneo, causada pelo fungo dematiáceo Hortaea (Exophiala) werneckii, mais prevalente em regiões costeiras quentes entre mulheres jovens. As lesões aparecem com pigmentação escura (castanho-negra), frequentemente nas palmas das mãos. O exame microscópico de raspados da pele da pefireria da lesão revela a presença de hifas septadas ramificadas e de células leveduriformes em brotamento, com paredes melanizadas. A tinha negra responde ao tratamento com soluções ceratolíticas, ácido salicílico ou antifúngicos azóis.




(A) Escurecimento da pele provocada Hortaea werneckii;(B) Estrutura da Hostaee werneeckii.



Piedra


A piedra negra é uma infecção nodular dos fios de cabelo causada por Piedraia hortai. A piedra branca, decorrente da infecção por espécies de Trichosporon, manifesta-se na forma de nódulos amarelos maiores e de consistência mais mole nos pêlos. Os pêlos axilares e púbicos, a barba e os cabelos podem ser infetados. O tratamento para ambos os tipos consiste na remoção dos pêlos e na aplicação de um agente antifúngico tópico. A piedra é endêmica em países tropicais subdesenvolvidos.



Piedra Branca: (A,B) Estruturas do Trichosporon;(C) Nódulo encontrados nos fios de cabelo.






Piedra negra: (A) Nódulo encontrado no cabelo, podemos observar como é mais escuro que o da piedra branca;(B): Estrutura da Piedraia hortai.








BIBLIOGRAFIA
BROOKS, Geo F. [et.al]; Microbiologia médica. 24ª Edição. Pág 626. Editora Mc Graw Hill. Rio de Janeiro,2009.







quarta-feira, 6 de abril de 2011

Contração muscular III

http://www.youtube.com/watch?v=ZSZEmAP031c

Contração muscular 2

Contração Muscular - Como Ocorre?

Contração Muscular - Como Ocorre?



A bioquímica do exercício roda, principalmente, em torno do nosso sistema muscular esquelético, pois é nele que acontecem as primeiras transformações para que se construa um movimento ordenado. Apresentaremos como introdução um pouco sobre esse sistema fantástico e que caminho que encontrou para tornar possivel uma mudança de conformação poderosa ao ponto de fazer uma máquina (o corpo) se movimentar rapidamente; que foi de fato o que tornou possível nos exercitarmos. Porém antes de entendermos o funcionamento do músculo, devemos compriender de onde vem o comando para iniciação da contração.
Desde o Sistema Nervoso Central é conduzido um impulso nervoso pelos nervos e então nas sinapses com as fibras musculares do musculo que se deseja contrair. Já na fenda pré sináptica podemos dividir as seguintes situações:
1º- Liberação de acetilcolina pela fenda pré-sináptica para a fenda sináptica por despolarização. A fenda pós sináptica tem receptores nicotínicos que intragem com o neurotransmissor fazendo com que o sarcolema (membrana plasmática do músculo) fique permeável ao sódio que entra dspolarizando toda a extensão dos túbulos T. Essa mudança de conformação polar incita os retículos sarcoplasmático à abrirem seus canais para passagem de cálcio para o citosol, este passa a favor do gradiente de concentração pois a concentração no citosol é extremamente menor ao do retículo sarcoplasmático (as tríades possibilitam que esse cálcio entre homogeneamente por toda a fibra muscular).
Para transformar energia em movimento a natureza estruturou o tecido muscular que se conforma em células multinucleadas que formam uma fibra muscular. Essa célula possue diversas ivaginações de sua membrana plamática (sarcolema) que são acompanhadas por retículo sarcoplasmático - têm a função de armazenar Cálcio que é essencial para a contração - a contração não passa de um encurtamento das miofibrilas, e essas são organizadas por diversos sarcômeros seguidos e aderidos pela linha Z. Os sarcômeros, por sua vez, possuem diversos tipos de proteínas, podendo serem subdividas em filamentos grossos e filamentos finos.
- A actina é o principal filamento fino. Sua forma globular (os monômeros de actina também chamados de actina G) dendro da célula se polimerizam formando uma fita helicoidal, tomando a sua forma chamada de actina F, que se adere à linha Z. Duas actinas F se enrrolam em dupla hélice, onde em seus sulcos encontram-se a tropomiosina, que é formada por duas cadeias enrroladas em alfa-hélice que encondem os sitio da actina. Homogeneamente encontram-se ligados aos filamentos de tropomiosinas as troponinas. Estas possuem três subunidades que desempenham funções distintas; a subunidade TnT se liga à tropomiosina, a TnI se liga à actina e a TnC possui um sítio de ligação para o cálcio.
- Como filamento grosso temos a Miosina, que é uma proteína cujas cadeias polipeptídicas organizam-se em uma porção fibrosa (uma parte linear denominada cauda e duas porções globulares denominadas cabeça). Sua cauda é linear e comprida formado por uma dupla hélice, sendo que em uma das extremidades essas hélices dobram-se em duas articulações, sendo que após a segunda estão dispostas duas cabeças que têm função ATPásica. Os pontos de articulação permitem as mudanças de orientação da molecula de miosina em relação ao filamento fino, durante o ciclo de contração muscular.
Sabendo a estrutura do músculo estriado esquelético poderemos entender sua bioquímica e assim compriender a fantática forma que a célula encontrou para fornecer à toda máquina (o corpo) a capacidade de movimentar-se em segundos, podendo assim exercer uma atividade.

Mecanismo da Contração muscular:
Entendemos aqui o porque tanto se fala que o cálcio é essencial na contração muscular. Este mineral está armazenado dendro das células dentro dos retículos sarcoplasmáticos que se distribuem homogeneamente por toda a célula graças aos Túbulos T, podendo assim manifestar o processo de contração por todo o miofilamento; caso contrário haveria contração apenas numa parte do miofilamento próxima ao retículo sarcoplasmático. Graças à despolarização por toda o sarcolema (explicado acima), as cisternas de retículo sarcoplasmático têm sua membrana permeável ao cálcio e a favor do gradiente, elas liberam Cálcio para o sarcoplasma. Esse aumento de concentração de cálcio no sarcoplasma é o responsável pela contração, pois a subunidade TnC da troponina liga-se ao cálcio escondendo a tropomiosina mais adentro do sulco da actina, expondo os sítios de ligação desta. A miosina que possue em sua cabeça uma ATPase já se encontra ligada à um ATP e com essa conformação ela fica bem afínica pela actina, e ao se ligarem (formando uma ponte cruzada), a hidrólise de ATP é realizado liberando ADP e Pi, e então as artiçulações mudam de conformação "puxando" a actina F. Quando ela estabelece sua máxima contração a miosina torna-se novamente afínica ao ATP, e quando ligar-se à um a miosina perde sua afinidade pela actina e se separa dela, voltando à sua conformação normal. Se houver sítio de ligação da actina disponível, repetirá o processo.







A contração Muscular

Má Alimentação...

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Estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Navarra e de LAs Palmas de Gran Canaria indica que ingerir alimentos ricos em gorduras trans e saturadas aumenta os riscos de depressão, confirmando os resultados de estudos anteriores que vinculavam o consumo de comida rápida a esta doença. O estudo foi publicado na revista PLoS ONE.
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Cientistas identificaram o mecanismo que controla o relógio interno de todas as formas de vida, o que segundo eles pode levar à explicação de doenças como diabete, depressão e câncer em pessoas que trabalham em regime de plantão. Os trabalhos das universidades britânicas de Cambridge e Edimburgo, publicados na quarta-feira na revista Nature, sugerem que o relógio circadiano (que marca ciclos de 24 horas) encontrado em células humanas é igual ao de algas, e existe há milhões de anos nas formas de vida terrestres.
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Uma mulher na Nova Zelândia teve paralisia no braço depois de seu namorado ter sugado seu pescoço ao lhe dar um beijo. O caso, raro, foi descrito na revista especializada New Zealand Medical Journal.
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Introdução de outros alimentos durante a amamentação altera o paladar e aumenta o risco de obesidade
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Lembrar enquanto dormimos é muito mais eficiente do que quando estamos acordados, segundo um estudo realizado pela Universidade de Basileia e publicado neste domingo pela revista Nature em sua versão na internet.
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Um insectólogo holandês vem fazendo uma campanha para convencer o mundo ocidental a adotar um costume que, segundo ele, é bastante comum nos trópicos: comer insetos (prática conhecida como entomofagia) como fonte alternativa e sustentável de proteína.
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Estudo de cientistas da Sociedade Dinamarquesa de Câncer indica que a exposição ao ruído de trânsito aumenta o risco de derrame em idosos com 65 anos ou mais. A pesquisa foi publicada nesta quarta na edição online da revista European Heart Journal.

Estudo relaciona dieta com comida processada a baixo Q.I.

Estudo relaciona dieta com comida processada a baixo Q.I.

Crianças com dieta rica em comida processada podem apresentar um quociente de inteligência (Q.I.) ligeiramente mais baixo, de acordo com um estudo divulgado no Journal of Epidemiology and Community Health da British Medical Association (BMA) e que já é aclamado como o mais abrangente do tipo. A conclusão da pesquisa é o resultado do acompanhamento de 14 mil pessoas nascidas na Inglaterra entre 1991 e 1992, que tiveram a saúde e o bem-estar monitorados aos três, quatro, sete e oito anos e meio.
Os pais das crianças foram orientados a preencher questionários que perguntavam, entre outras coisas, o que seus filhos comiam e bebiam. Três padrões de dieta foram então identificados: o primeiro, rico em gorduras processadas e açúcar; o segundo, uma dieta “tradicional” com base em carne e vegetais; e o terceiro, considerado “saudável”, com muita salada, frutas e vegetais, além de macarrão e arroz.
Quando as crianças chegaram aos oito anos e meio, seu Q.I. foi medido através de uma ferramenta padrão conhecida como Escala de Inteligência de Wechsler. Entre as 4 mil crianças cujos dados estão completos, é possível perceber uma diferença significativa no quociente de inteligência daquelas que consumiam comida processada em relação às submetidas a uma dieta saudável nos primeiros anos da infância.
Ao todo, 20% das crianças participantes consumiam grande quantidade de comida processada, e o Q.I. médio aferido entre elas é 101. Já entre os 20% alimentados de maneira saudável, o Q.I. médio é 106.
“É uma diferença muito pequena, não é uma diferença vasta”, afirma Pauline Emmett, uma das autoras do estudo, que pertence à Escola de Medicina Social e Comunitária da Universidade de Bristol. “No entanto, ela as torna menos capazes de lidar com a educação, menos capazes de lidar com algumas coisas na vida”, afirma.
Polêmica
A associação entre nível de Q.I. e nutrição é um ponto polêmico e exaustivamente debatido, uma vez que pode ser influenciada por inúmeros fatores como o contexto social e econômico de cada indivíduo. É possível argumentar, por exemplo, que uma família de classe média tem mais interesse (ou mais condições) de servir uma refeição saudável aos filhos, além de dar mais estímulo à criança para que consuma alimentos saudáveis, em comparação com famílias mais pobres.
Emmett diz que sua equipe dedicou especial cuidado para neutralizar este tipo de fator na aferição dos dados. “Temos todo o controle do nível educacional da mãe, da classe social da mãe, sua idade, se vive em casa própria, o que aconteceu em sua vida, o ambiente da casa, se há livros ou se assiste muita televisão, coisas assim”, diz a pesquisadora.
Além disso ela afirma que o tamanho do estudo não tem precedentes na área. “É uma amostra gigantesca, é muito maior do que qualquer coisa que alguém já tenha feito”. Emmett enfatiza, entretanto, que ainda são necessários mais trabalhos para descobrir se este impacto no Q.I. das crianças continua à medida que envelhecem.
Sobre por que uma dieta rica em “junk food” teria influência sobre a inteligência, a pesquisadora sugere que a falta de vitaminas e minerais vitais para o desenvolvimento do cérebro, adquiridos em pouca quantidade em alimentos processados, em um momento fundamental da infância, pode ser responsável pela diferença. “Uma dieta de junk food não proporciona um bom desenvolvimento do cérebro”, diz.
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Vírus em Mutação

Vírus " HIV "em Mutação
Vírus em Mutação

O vírus HIV tem uma elevada taxa de mutação. Por dia, cerca de 10 bilhões de partículas virais são produzidas em cada paciente infectado. Todas essas partículas têm pelo menos uma mutação em seu código genético.

Nem sempre a mutação implica em maior resistência do vírus aos medicamentos anti-retrovirais, mas um vírus resistente sempre surge de uma mutação. O índice de vírus resistentes circulando nos pacientes soropositivos brasileiros ainda é muito baixo. Em geral está em torno de 1% das novas infecções.

Amilcar Tanuri diz ainda que há uma tendência natural do aumento do índice de vírus HIV resistentes. "O número de vírus resistentes e mutantes pode aumentar com o uso dos anti-retrovirais", afirma. Nos Estados Unidos e nos países europeus o índice de vírus resistentes é de 10% a 20%, e tende a aumentar ao longo do tempo.

O infectologista Marco Antônio Vitória, assessor do Programa Nacional de DST-Aids do Ministério da Saúde, afirma que a resistência do vírus HIV é um fenômeno esperado, por ser um microorganismo com alta taxa de mutação. Na avaliação do Ministério da Saúde, a taxa de resistência no Brasil ainda é baixa e, por isso, não justifica orientação especial quanto ao uso de anti-retrovirais.

Um estudo com aproximadamente 300 amostras de sangue colhidas em todo território nacional, que contou com a participação do infectologista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Amilcar Tanuri, indicou uma taxa de cepas mutantes e resistentes em torno de 1%. "Nessa amostragem, colhemos também sangue de pacientes de São Vicente, localizado na Baixada Santista, e a taxa era virtualmente zero. Existe uma discrepância entre os dados da nossa pesquisa e os da Unifesp, coordenada pelo professor Ricardo Diaz. Essa disparidade deverá ser analisada em estudos futuros. A diferença dos resultados é grande, sobretudo em Santos", informa o médico.
Pesquisa Aponta Índice Elevado

Dados preliminares de uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Retrovirologia da Escola Paulista de Medicina da Unifesp, em conjunto com a Fundação Pró-sangue/Hemocentro de São Paulo e a Universidade da Califórnia (EUA), demonstram que já existe no Brasil um subtipo de HIV com mutações em sua estrutura e mais resistente a alguns medicamentos. O estudo vem sendo desenvolvido há seis anos. Desde 1995, os cientistas acompanham a evolução da epidemia e analisam, anualmente, cerca de duas mil amostras de sangue de indivíduos que procuram o centro de testagem anônima para HIV na cidade de Santos, litoral Sul de São Paulo.

No último levantamento, os pesquisadores constataram que os vírus das chamadas infecções recentes (ocorridas num período de até três meses antes da coleta de sangue) são menos suscetíveis a determinados medicamentos do que os das infecções não-recentes, ou seja, têm mais resistência a alguns anti-retrovirais.

Cerca de 20% dos pacientes avaliados e que contraíram o HIV em 2000 apresentaram resistência completa à droga usada no coquetel chamada 3TC e resistência parcial ao AZT. No grupo que havia se infectado anos atrás e fazia o controle com medicamentos, o índice de resistência foi bem menor - cerca de 5%.

O pesquisador e infectologista Ricardo Diaz, da Unifesp, explica que o fenômeno de resistência se deu através do processo de seleção natural. Os vírus dos indivíduos com infecções recentes são combinações de dois subtipos de HIV prevalentes no Brasil (B e F). "É a primeira vez que esse tipo de cepa é detectada em grande escala no Brasil. Estamos vivendo uma fase da epidemia em que determinados indivíduos apresentam infecção dupla", diz o coordenador do estudo, Ricardo Diaz.

O médico informa que na África, foram identificados vírus híbridos dos subtipos A e G. Na Tailândia, há mutação com os subtipos E e A.

O infectologista Ricardo Diaz explica que, além de oferecer maior resistência aos medicamentos, os vírus recombinantes podem não ser detectados por testes sorológicos convencionais. Isso, na opinião de Ricardo Diaz, explicaria a discrepância entre os dados colhidos por outras pesquisas brasileiras sobre resistência de vírus HIV. Para evitar falhas no diagnóstico, os pesquisadores da Unifesp utilizam um teste capaz de identificar versões híbridas (de dupla infecção) do HIV.
Prevenção Futura

Se as previsões não são das melhores, devido à possibilidade de aumento da resistência dos vírus, o mais prudente é evitar a contaminação, fazendo uso dos métodos preventivos disponíveis.

A comunidade científica é ainda cautelosa ao prever a conclusão de uma vacina preventiva contra a doença. Até hoje, pelo menos 30 diferentes vacinas foram testadas - a maior parte nos Estados Unidos e em países da Europa. Em novembro deste ano, a vacina desenvolvida em conjunto pelo Instituto Pasteur, da França, e pelas universidades norte-americanas de Pittsburg e Rochester, começou a ser testada na população brasileira. A vacina é formada por uma combinação da proteína chamada "gp 120", que se encontra na superfície externa do vírus HIV, com o vetor "canaripox", que possui cópias de genes de vírus reproduzidas em laboratório por meio de engenharia genética. A empresa norte-americana VaxGen, da Califórnia, é a detentora da proteína gp 120 e o vetor canaripox foi desenvolvido pela francesa Aventis Pasteur. Com essa vacina, pretende-se proporcionar a imunidade ao subtipo B do vírus HIV.

A empresa norte-americana VaxGens iniciou, sozinha, outro teste de sua vacina. Com início em 1998, o estudo terá seus resultados divulgados, provavelmente, até 2002. A empresa testa duas versões da vacina, formada pela proteína gp 120 para os subtipos B e E do vírus HIV.

Os médicos lembram que as vacinas são esperanças de prevenção futura. Por enquanto, o melhor é prevenir-se com os métodos convencionais e já conhecidos pela população. Mesmo com o risco de resistência do vírus HIV, as pessoas devem seguir à risca o tratamento com o coquetel de anti-retrovirais indicado por seu médico.

Portal do Biomédico


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A Secretaria Municipal de Saúde de Salvador está em alerta por causa da suspeita de um surto de meningite na capital da Bahia. Os dados parciais indicam que, durante a campanha de vacinação, no ano passado, apenas 20% do público alvo foram vacinados. A resistência parte principalmente dos jovens que têm de 20 a 24 anos. O alerta em Salvador ocorre após a informação de que 75 pessoas da Escola Professor Afonso Temporal, no bairro de Valéria, podem estar contaminadas.

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Pesquisadores franceses e brasileiros estão reunidos num seminário até amanhã (5), no Rio de Janeiro, para celebrar dez anos de cooperação científica na área de aids e hepatites B e C, entre o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais e a Agência Nacional Francesa de Pesquisas sobre Aids e Hepatites Virais (ANRS).

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Cientistas identificaram um gene que parece ter papel na regulação de quanto álcool uma pessoa bebe. Segundo eles, a descoberta pode ajudar na busca por tratamentos mais eficazes contra o alcoolismo.

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Uma nova pesquisa publicada na edição de abril da revista Arquivos de Medicina Pediátrica e Adolescente aponta que jovens que passam a maior parte do tempo ouvindo música são mais propensos a desenvolver o transtorno depressivo do que aqueles que aproveitam o tempo livre para ler livros. As informações são do site Science Daily.